sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O minuto

A conduta indica a orientação espiritual da criatura, surge o ideal realizado, consoante o esforço de cada um. Amplia-se o ensino, conforme a aplicação do estudante. Eternidade não significa inércia, mas dinamismo incessante.
O caminho é infinito, quem estabelece a rota da viagem é o viajor. Continua, pois, em marcha perseverante, gastando sensatamente o tesouro dos dias.
Em sessenta segundos, a lágrima pode transformar-se em sorriso, a revolta em resignação e o ódio em amor. Nessa mínima parcela da hora, liberta-se o espírito do corpo humano, a flor desabrocha, o fruto maduro cai da árvore e a semente inicia a germinação da energia latente.
Analisa o que fazes de tão valiosa partícula de tempo.
Num só momento, o coração escolhe roteiro para o caminho. Com o Evangelho na consciência, o lazer é tão-somente renovação de serviço sem mudança de rumo.
Não desprezes o tempo, em circunstância alguma, pois quem espera a felicidade se esmera em construí-la. A hora perdida é lapso irreparável. Dominar o relógio é coordenar os sucessos da vida. Nos domínios do tempo, controlamos a hora ou somos ignorados por ela. Por isso, quanto mais a alma se eleva em conhecimento, mais governa os próprios horários.
Lembra-te de que as edificações mais expressivas são formadas por agentes minúsculos e de que o século existe em função dos minutos. Não faz melhor quem faz mais depressa, mas sim quem faz com segurança e disciplina, articulando ordenadamente os próprios instantes. Observa os celeiros de auxílio de que dispões e não hesites. Distribui os frutos da inteligência. Colabora nas tarefas edificantes. Estende a solidariedade a benefício de todos. Fortalece o ânimo dos companheiros. Não te canses de ajudar para que se efetue o melhor. O manancial do bem não tem fundo. A paz coroa o serviço. E quem realmente aproveita o minuto constrói caminho reto para a conquista da vitória na Divina Imortalidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário